A Bíblia nos conta a história de Noé, num tempo em que Deus estava muito bravo e decepcionado com o ser humano. Ele quis acabar com tudo, afinal o mundo tinha sido criado por Ele, e nós humanos, havíamos bagunçado tudo. Foi aí que Deus chamou Noé e lhe deu uma issão: construir uma arca onde seriam colocados seus familiares, porque durante 40 dias e 40 noites choveria intensamente e a vida sobre a Terra desapareceria. Deus queria que uma nova civilização pudesse recomeçar e, assim, deu uma nova chance para a humanidade.
Como Deus faz tudo perfeito, disse a Noé que juntasse um casal de cada espécie dos animais que habitavam o Planeta e colocasse junto, na Arca. Qual era a preocupação de Deus? Preservar as espécies. Deus criou tudo e poderia destruir tudo também, mas pensou na preservação da vida do homem e dos animais.
Muitas enchentes têm acontecido em vários países, inclusive aqui no Brasil, onde vivemos. Quantas vidas ceifadas, casas destruídas, histórias apagadas pela água, pela reação da natureza. Pessoas que perdem familiares, bens materiais, partes de suas vidas, mas será que alguém se preocupa com o destino dos animais? Nem sempre. Afinal são apenas ‘animais’. Porém o homem também é um ‘animal’ que se diz racional. Será? Para Deus não. Deus criou TODOS os seres vivos e cada um tem a sua missão, a sua contribuição aqui entre nós.
Chegou a hora de nós, humanos, respeitarmos os animais, pois neles, existe a essência de Deus, como em todos nós.
Já é tempo de construirmos uma nova Arca de Noé. É tempo de pensarmos realmente em salvar, preservar. Assumir uma nova postura perante todas as espécies de vida que existem.
Pensar nos nossos deveres em relação aos direitos alheios.
A notícia abaixo traduz um pouco a realidade enfrentada pelos animais, em meio a chuvas devastadoras. Registra também a ação de pessoas conscientes, responsáveis e que lutam pela VIDA, a qual todos têm o mesmo direito.
Rudáia Correia - Coordenadora do Comitê da Solidariedade
Supervisora Geral do Programa Visão Social
São Luiz do Paraitinga: Caravana de Proteção Animal atende animais afetados pelas enchentes
Em São Luiz do Paraitinga, onde a cidade quase desapareceu em baixo da água, tivemos um grande exemplo de solidariedade também com a vida animal. Uma parceria entre a Anclivepa-SP (Associação dos Clínicos Veterinários de Pequenos Animais do Estado de São Paulo), representada pelo seu diretor de Bem Estar Animal, o veterinário Wilson Grassi, em parceria com algumas Ongs de proteção animal, entre elas o Clube dos Vira-Latas e a Tribuna Animal, esteve no domingo, dia 10 de janeiro, na região central de São Luiz do Paraitinga para dar atendimento veterinário aos animais afetados pelas enchentes acontecidas na região.
As fortes chuvas devastaram a cidade e em um abrigo de cães e gatos, foi relatada a morte por afogamento de centena de cães, além de 80 gatos que estavam trancados em um gatil. Muitos cães se salvaram subindo para regiões mais altas da cidade e com a baixa das águas estão voltando, mas muitas vezes não têm para onde voltar nem quem os alimente.
Cerca de 40 animais foram atendidos e tratados das enfermidades mais urgentes, além disso, receberam vacinação contra leptospirose e doação de ração. De acordo com o veterinário Wilson Grassi, a ação, que chamou de Caravana de Proteção Animal é uma questão de Saúde Pública.
“Além do sofrimento dos animais, existem também os riscos à saúde pública, por conta das doenças que podem ser transmitidas por esses animais doentes”, disse o veterinário que fez críticas ao poder público. “Os animais não fazem parte das preocupações do poder público, embora este mesmo governo não abra mão do alto ICMS que cobra nas rações, do ISS que cobra dos veterinários, nem dos impostos sobre o comércio de medicamentos e vacinas para pets”, protestou.
Apesar da tristeza da situação de presenciar uma cidade em ruínas, o ponto alto da visita da Caravana de Proteção Animal foi quando a protetora de animais Sheila de Freitas, após ouvir notícias de que havia um gato ainda vivo entre os escombros, pulou as faixas de contenção e desobedecendo as ordens policiais, entrou em uma casa interditada, destruída e prestes a desabar e não saiu de lá até que encontrasse e resgatasse o sobrevivente, diante da grande torcida que aguardava apreensiva.
Fonte: Elaine Paiva
Jornalista e Assessora de Imprensa